terça-feira, 6 de maio de 2008

_ antropofagia _


_ antropofagia _


flexível como haste do salgueiro,ela vibra . em suas mãos sabores vermelhos e danças da noite atiçam todas as labaredas de sua fome que passeia e desliza entre vertigens e fé .
pelo sacrário da carne escoam todos os seus afluentes " na hora do desejo",chama que arde na pele do vento, do tempo.
na sua da boca farta de inventos, doçuras e iras. ela grita avessos,ausências e espinhos que ferem a seda.
nua cavalga o amor até prover pleno esquecimento de si ,liquida persegue o gozo como quem persegue tulipas ,embriagada e interdita,bebe do vinho,come da carne :- fêmea, santifica-se !

Amina Ruthar

5 comentários:

Carlinhos do Amparo disse...

Deliciosa p/rosa poética. Bom vir aqui.
Saudações fraternas, poeta!

lula eurico disse...

Vim te ver e gostei daqui. muito bom gosto em tudo o q publicas, textos, imagens, tudo.
Parabéns.

lula eurico disse...

Voltei pra ler mais. Me identifiquei com tua poética, sóbria e elegante. Um estilo seguro, de quem domina o idioma e a emoção.

Unknown disse...

Obrigada Carlinhos do Amparo, sua visita e comentário me alegram. bjs, nanamerij

Unknown disse...

Eurico,
Sinto-me feliz com sua volta, e mais ainda por colocar seus olhos de bondade em minhas letras. Que seja breve seu retorno. bjs,nanamerij