domingo, 10 de fevereiro de 2008




Tempo...tempo...tempo...

Sem uma longa nota de cello ao fundo, eis-me aqui, divagações em preto no branco:-tempo, corpo sem grandeza.


Penso, logo existo?


Não sei se quero essa circunstância filha-falha dos pensamentos, menos esse jeito de existir entre o que aprendi (ou desaprendi) ,dos pesos, medidas e consistências.


O que arde é a memória!


Perco-me na fonte dos primeiros gritos-espantos, no esquecimento da urna primitiva de palavras virgens.


O que sangra é o remorso:- de um domingo qualquer,lançado no vale dos despercebidos;- de todas as taças de vinho, afogando as alegrias inacabadas;- dos beijos de despedidas, condenados aos desterros do nada.


Pois é, ainda me sinto consignada em tudo isso, no sorriso das tardes, nas manhãs de sábado beira-mar, nas ausências de meus pés na areia... nas graças da vida.Perdidos!


Tempo... tempo...tempo...tempo!

Faltou o tempo propício... faltou um azul plausível.


Sabe, esse opaco em minhas retinas é porque o olhar perdeu o tom e quebrou asas entre as estreitezas de qualquer fardo.

Olho bom é alado! (Amina Ruthar)


nanamerij

janeiro/2008

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