Sem uma longa nota de cello ao fundo, eis-me aqui, divagações em preto no branco:-tempo, corpo sem grandeza.
Penso, logo existo?
Não sei se quero essa circunstância filha-falha dos pensamentos, menos esse jeito de existir entre o que aprendi (ou desaprendi) ,dos pesos, medidas e consistências.
O que arde é a memória!
Perco-me na fonte dos primeiros gritos-espantos, no esquecimento da urna primitiva de palavras virgens.
O que sangra é o remorso:- de um domingo qualquer,lançado no vale dos despercebidos;- de todas as taças de vinho, afogando as alegrias inacabadas;- dos beijos de despedidas, condenados aos desterros do nada.
Pois é, ainda me sinto consignada em tudo isso, no sorriso das tardes, nas manhãs de sábado beira-mar, nas ausências de meus pés na areia... nas graças da vida.Perdidos!
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