domingo, 10 de fevereiro de 2008




_ talvez .porque junho...


a vida que te diluiu em mim aqui está

no tanger de moinhos

no alecrim por campos a semear-se sozinho

no vôo de andorinhas a tecer ninhos

enquanto em saudação a manhã da paineira o tronco se abre em nova cor

no lamento absoluto das gaivotas a vida que te diluiu em mim aqui está

eco de memória como escuro murmúrio do mar entre seixos e abrolhos

talvez porque junho ...

tens lírios findos à tua volta

e confinas um réquiem nos olhos


nanamerij

janeiro/2008

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