domingo, 10 de fevereiro de 2008







_das horas púrpuras _

as vozes da casa silenciam em púrpuras horas
todas as minhas ausências sentam-se a mesa
que ainda respira o último fôlego de memórias
tímidas as palavras de seus recuos regressadas
ancoram-se inutilmente entre vãos das portas

os passos de meu pai atravessando os sonhos
dizem de vesperais melancólicos sobre o jardim
e as mãos de minha mãe ainda alisando lutos
retiram o pó e fuligem do tempo que me devora

em mudez plástica deus vai e vem como um tijolo:
- esmaga minha história!

( Amina Ruthar)



nanamerij

janeiro/2008

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