domingo, 10 de fevereiro de 2008



_ águas necessárias_

não sei se o tempo me acontece, ou se aconteço no tempo.
em noites de lua cheia costumo uivar, junto-me aos lobos.
nas manhãs de abril, visto-me em contrições. ungida por resguardos de quaresma ando nos roxos-paixão, viuvando conformidades em respeitoso pranto, por cada cristão, dentro de mim - morto.
nunca sei minha meteorologia, mesmo em dias solares....dou de chover.
dizem :
- melancolia...emoções instáveis.
desdigo:
-descarrego de fardos ,cumulação de nuvens, sofrimento de densidades.
chovo :
por desalegrias
por desempatias
pode ser...pode até nem ser.
não me importam as causas, não busco saber verdades.
simplesmente chovo!

chovo-me por desesperada necessidade.
nanamerij
janeiro/2008

















































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